sexta-feira, 25 de outubro de 2013

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Texto de Aluísio Cavalcante Jr.



O que restará de mim

Quando a vida

Já não existir em mim?

Quem será capaz de sentir a minha presença 

Por trás das palavras e dos silêncios,

E será capaz de imaginar o sorriso

Que fazia morada em mim?



O que restará dos sonhos que habitaram em mim,

Quando já não houver mais sonhos em mim?

Para onde irá o brilho do meu olhar,

A fé das minhas palavras,

E os sons de minha voz?



Mas, se apenas uma única lembrança minha

Sobreviver em ti,

Toda história escrita com minha vida, 

Terá valido à pena.

Então, estarei tranqüilo

Como um barco ancorado em um cais 

De mares calmos e ondas suaves.



Assim, por onde caminhares,

Cuida com afeto do que um dia foi minha vida.

E por favor, não se esqueça de mim...

Não se esqueça...

Não se esqueça...

De mim...





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A HISTÓRIA DO TEXTO





Estes dias o tema morte tem estado presente em minha vida

de modo constante.

Penso que a morte física é para quem fica uma dor intensa,

mas a morte das lembranças é para quem parte uma dor pungente.






Este texto é dedicado ao querido amigo HOD.

Um dos primeiros amigos que chegaram neste espaço virtual

para comentar os meus textos

e perceber a vida que havia neles.

Seu último comentário foi sobre o poema que escrevi

sobre a morte de meu pai.

Palavras simples de esperança na vida

e tão profundas para o entendimento da vida.

Tenho certeza amigo
 HOD,

que muitos o levarão em suas lembranças.




sexta-feira, 4 de outubro de 2013

POEMA PARA A TUA AUSÊNCIA

Texto de Aluísio Cavalcante Jr.




O abraço não sentido.

O desejo sufocado.

A emoção contida.

O beijo não provado.

A frase de amor silenciada.

O carinho impossível.

Tudo coube neste momento

Em que busquei a tua presença,

E encontrei tão somente

As minhas mãos vazias.






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A HISTÓRIA DO TEXTO.






Nada mais dolorida do que 

a ausência de alguém muito amado.

Saudade é assim.

Faz a ausência doer mais.

Faz idealizar histórias que poderiam

ser vividas, escritas e eternizadas.

Para mim ausência

 é uma espécie de encontro com o impossível.